O tucano José Serra e o Aborto
Para começo de conversa, preciso
dizer que sou veementemente contra o aborto em qualquer das suas formas. Sou a
favor da VIDA, sou Cristão, sou Católico.
Falo apenas em meu nome, deixando
aqui minha visão e minha postura acerca dos questionamentos que se tem
levantado com relação á Política e a Fé, em Mauriti - CE.
Primeiro é necessário esclarecer que Partido Político não é
Religião, o que me dá o direito de não acatar a filosofia ou corrente política
de qualquer partido como sendo uma doutrina ou um dogma, pois é sabido que o
Partido dos Trabalhadores, em seu Estatuto reformulado em 2007, possui uma
cláusula que cita o aborto... É aí que eu quero chegar, pois não é porque eu me
identifique com a corrente filosófico-partidária do referido partido, que eu vá
acatar tudo o que está em seus estatutos.
Para mim, outro ponto de
divergência é a PL 222 que prevê a criminalização da Homofobia, Projeto de Lei
proposto pela Senadora petista Marta Suplicy.
Sou contra porque, para isto,
teriam que criar a Lei da “gordofofia”, a Lei da “magrofobia”, a Lei da
“nordestinofobia”, e assim por diante, pois já se sabe que no Brasil, qualquer
forma de preconceito, é crime.
Sou contra, pois os homossexuais
são minoria sim, mas as crianças com Síndrome de Down, por exemplo, são uma
minoria menor ainda, e não se tem uma legislação exclusiva que as proteja do
preconceito em sua pior forma, o preconceito velado.
Quando se trata da União
Homoafetiva, também sou contra, tendo em vista o princípio Cristão da Criação e
procriação do Homem e da Mulher, como premissa para a constituição de uma
Família em sua forma plena.
O fato é que,por mais que eu seja
contra ou dê a minha opinião contrária, tais questionamentos sempre existiram e
sempre vão existir, e é daí que surge o meu respeito a quem comunga com essas idéias. Não é porque eu não aprove,
que eu vá desrespeitar quem o faça.
Com relação ao aborto, tema este
que tem sido usado por muitos “católicos de conduta ilibada” aqui em Mauriti,
sou totalmente e fervorosamente contra.
Como Biólogo, sou contra, por
entender que a vida começa a ser gerada a partir do momento da fecundação do
ovócito pelo espermatozóide no útero materno.
Como católico, sou contra, por
entender que Deus nos fez a sua imagem e semelhança e soprou em nós o Seu
Espírito. Deus nos fez para a vida, para sermos viventes, peregrinos neste
mundo, e só quem pode encerrar a nossa peregrinação nesta Terra é Aquele que
nos permitiu estar aqui.
Como cidadão, sou contra, por
entender que uma nação que não defende a vida, não pode progredir, não pode
erradicar a pobreza.
Tenho pensado muito a respeito da
cultura de morte que tem chegado cada vez mais rápido nas nossas casas através
da massificação dos meios de comunicação, o que inclui, principalmente a
televisão e a internet. Esta cultura, pretende paganizar o ocidente, e em
países emergentes como a China, a Índia e o Brasil, o pensamento abortista tem
se instalado com cada vez mais força, pois, como aliar crescimento econômico e
o fim da pobreza? Simples, acabando com os pobres. E de que forma se pode
acabar com a população pobre dos países em desenvolvimento? Simples, aprovando
o aborto em sua totalidade e a união homoafetiva, assim, com o aborto e a união
homoafetiva aprovados, esta geração de pobres morrerá, pois a mãe pode abortar quantas
vezes quiser, e sabemos que dois homens e duas mulheres, não podem procriar
naturalmente.
Me preocupa o modo maquiavélico
como esta cultura tem chegado intrinsecamente em nossos lares e em nossa vida.
Em tempos de crise, Deus nos chama a nos levantarmos como profetas do nosso
tempo, como aqueles que falam a verdade, doa a quem doer.
Mas, mais que isso, me preocupa o
modo como o aborto tem sido usado como barreira política para impedir que o
povo cristão vote no candidato do PT em Mauriti, com extrema falta de caridade
para com o outro, pois como afirma a Carta da CNBB “Para o cristão, participar
da vida política do município e do país é viver o mandamento da caridade como
real serviço aos irmãos, conforme disse o Papa Paulo VI: "A política é uma
maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros"
(Octogesima Adveniens, 46).” vamos aos fatos:
Foi um petista católico que
governou nossa cidade nos últimos anos, e pelas mãos desse mesmo homem, a
entrada da nossa cidade ganhou um lindo arco com uma imagem grandiosa da
Imaculada Conceição da Mãe de Deus, padroeira desta terra. Não só isso, através
deste petista católico, os professores, tiveram seus salários valorizados em,
no mínimo seis vezes.
Através deste petista católico,
nossa cidade ganhou outra cara, ganhou reconhecimento e teve em todas as festas
de Padroeiros o apoio direto ou indireto da Prefeitura Municipal, que nunca
deixou de andar de mãos dadas com a Igreja Católica.
A CNBB ainda orienta que: “As
eleições são, portanto, momento propício para que se invista, coletivamente, na
construção da cidadania, solidificando a cultura da participação e os valores
que definem o perfil ideal dos candidatos. Estes devem ter seu histórico de
coerência de vida e discurso político referendados pela honestidade,
competência, transparência e vontade de servir ao bem comum.”
Nos lembremos que,muito antes de
o PT citar em seus estatutos algo referente ao aborto, quem primeiro aprovou o
Aborto no Brasil foi o então, Ministro da Saúde, o tucano José Serra, no
governo de Fernando Hen”rico” Cardoso.
Nos lembremos das mazelas
deixadas por este governo em nossa cidade: Desvalorização dos profissionais,
opressão dos opositores, mal estar com a Igreja Católica, na pessoa do Padre
Bosco (in memorian), contínuos saques aos depósitos de merenda escolar, atrasos
salariais, e mais que isso, quatro processos de improbidade administrativa,
pois como é veiculado pelos meios de comunicação o PSDB lidera o ranking de
políticos que tem a “ficha suja” no Brasil, e em Mauriti, não é diferente. A
CNBB ainda nos orienta que “aos eleitores cabe ficarem de olhos abertos para a
ficha dos candidatos e espera-se da sociedade a mobilização, como já ocorre em
vários lugares, explicitando a necessidade de a "Ficha Limpa" ser
aplicada também aos cargos comissionados para maior consolidação da democracia.
Desta forma, dá-se importante passo para colocar fim à corrupção, que ainda
envergonha o nosso país.”
E então, podemos nos perguntar:
Quem de fato viveu a caridade?
A CNBB, ainda corrobora que “As
eleições municipais têm uma característica própria em relação às demais por
colocar em disputa os projetos que discutem sobre os problemas mais próximos do
povo: educação, saúde, segurança, trabalho, transporte, moradia, ecologia,
lazer. Trata-se de um processo eleitoral com maior participação da população
porque os candidatos são mais visíveis no cotidiano da vida dos eleitores.”
Por isso, reitero o meu repúdio á
oposição em Mauriti que, burramente acha que um Prefeito e um Vereador são
capazes de barrar a aplicação de uma Lei Federal como a do Aborto e que tal
mazela precisa apenas ser combatida em Mauriti.
“O exercício da cidadania, no
entanto, não se esgota no voto. É dever, especialmente de quem vota, a
corresponsabilidade na gestação de uma nova civilização, fundamentada na defesa
incondicional da vida, desde a fecundação até a morte natural; na promoção do
desenvolvimento sustentável, possibilitando a justiça social e a preservação do
planeta. A educação para a cidadania é processo permanente. (CNBB)” Sendo
assim, enquanto cidadãos, nos resta a fiscalização dos nossos Deputados,
Senadores e Presidente, políticos estes, que tem sim, condições de aprovar ou
desaprovar o aborto no Brasil.
Devemos nos lembrar também que,
nem só de petistas vive o congresso brasileiro.
Oremos e vigiemos por nossos
candidatos, não só hoje, mas sempre. Fiscalizemos suas ações, e mais que isso,
os amemos, sem julgamentos, sem críticas infundadas.
Quanto á discussão do aborto em
nossa cidade, deixemos por conta da Providência Divina e dos nossos governantes
que, com certeza saberão lidar com esta situação.
Quanto aos julgamentos e críticas,
as deixemos com Deus, Justo Juiz que julgará da mesma forma a nossa conduta INDIVIDUAL.
Termino estas palavras, citando o Cântico de Maria:
“...Manifestou o poder do seu braço,
Desconcertou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos
E exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes
e despediu de mãos vazias os ricos.
Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Conforme prometera a nossos pais,
Em favor de Abraão e sua prosperidade, para sempre...” (Evangelho de São Lucas)