Esses dias eu cismei de arrumar o depósito que fica no meu quintal...
Derrubei todas as caixas velhas que lá estavam e comecei a revistar tudo o que eu havia guardado lá.
Fiquei surpreso com a quantidade de coisas velhas que estavam guardadas naquelas caixas. Livros velhos, apostilas, roupas, enfim, lembranças...
Comecei a refletir que, muito do que estava ali dizia algo sobre mim, sobre os meus gostos, sobre as minhas crenças, sobre os meus conhecimentos.
Percebi que, embora tenha passado o tempo, não mudei muito, não segui na onda do vai-e-vem da vida, não mudei de natureza.
A vida não sobrepujou aquilo que eu era, pelo contrário, acrescentou pitadas de coisas que eu ainda não tinha.
Enquanto eu queimava minhas coisas velhas, refletia sobre o quanto temos a tendência de nos tornarmos depósitos de quinquilharias, sobre o quanto guardamos sentimentos e pensamentos inúteis, mas que, por mais que não os vejamos, eles estão ali, entulhando, tomando o espaço que deveria ser preenchido com ideias novas, com vida nova.
Depois que coloquei tudo num grande saco de lixo, vi que tinha sobrado muito espaço no depósito para ser preenchido com coisas novas e diferentes.
Com isso, aprendi que a gente costuma se apegar a tudo, inclusive ao que não nos faz bem.
É bom reviver o passado, mas já passou! É pra frente que se anda!
O que a vida quer da gente, além de coragem, é organização e vontade de viver com plenitude.
O que a vida quer da gente é que mostremos nossa essência!
O que a vida quer da gente é que sejamos apaixonados por nós mesmos e por ela, pela vida!
VIVA!
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