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Mas mesmo assim, o medo nunca a aprisionou... |
...É que aquela menina levantou-se, parou de chorar, sacudiu a poeira da sua saia e pôs-se a viajar pelo mundo, pelo seu mundo, em busca de respostas para tantas perguntas que ainda insistiam em machucar ainda mais o seu já magoado coração...
Quando adulta se tornou, a menina olhou em volta e viu quanto tempo perdeu chorando e se lamentando por quem nunca a havia notado.
No fundo ela deu-se por conta de que a maturidade foi mesmo um bom remédio para suas dores, pois associado ao tempo, fez com que muitas de suas feridas cicatrizassem e outras, até sarassem.
Ela não é mais uma menina.
Ela deixou a casa dos pais.
Ela deixou a boneca.
Ela deixou seu vestidinho rosa e de bolinhas brancas.
Ela largou seu ursinho de pelúcia e seu diário.
Mas a menina aprendeu...
Aprendeu que não adianta espedaçar-se, pois não é assim que se conquista um Príncipe Encantado;
Aprendeu que Príncipe Encantado não existe, apesar de ela poder e dever portar-se como uma Princesa...
Aprendeu que, como Princesa, não precisa bancar a “menina indefesa”;
Aprendeu que a “Menina Indefesa” ainda habita o seu interior, como também a “Pantera”, a “Barraqueira”, a “Dama da Noite”, a “Glamourosa” e a “Amante”, é claro!
Aprendeu que, a vida não tem pena de quem é fraco e de quem não reage diante dela...
Por isso a menina agora é uma mulher, age como mulher e comporta-se como mulher... A pequena e indefesa criança agora é só mais uma personagem que ajuda a compor a história de tantas mulheres que, como ela, querem mesmo é ser felizes!
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