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Toda corrente precisa ser quebrada! |
Foi um fato curioso que aconteceu no Sítio Giqui, interior do Ceará. O nome desta comunidade foi dado por causa de um objeto de pesca chamado "giqui" que era muito utilizado naquela região. Este fato aconteceu na fazenda do Senhor Manoel Pimenta de Sousa, que se localizava no referido sítio.
Um negro, escravo, bastante robusto, migrou para essa localidade vindo de Arco Verde em Pernambuco. Ele "pertencia" a um proprietário de uma fazenda daquele município, um rico Senhor-de-Engenho. Tinha chegado alguns anos antes em um navio negreiro e aportado em Porto de Galinhas, naquele Estado, onde foi comercializado. Trabalhou como escravo na fazenda de Arco Verde e como era muito valente destemido, logo ocupou o cargo de "capitão-do-mato".
Certo dia emaranhou-se na mata, à caça de um negro fujão, que foi encontrado morto pelo mesmo. Não se sabe se após o ocorrido, o mesmo se perdeu ou decidiu fugir por ter tido que matar um compatriota seu. E, nas suas andanças mata a dentro perdido, acabou chegando na fazenda do Senhor Manoel Pimenta.
Foi acolhido naquela localidade e devido á sua disposição para o trabalho, logo estava empregado.
Casou-se com uma mulher da região. O seu primeiro filho nasceu no dia 25 de março de 1884, exatamente no dia da libertação dos escravos no Ceará.
Esse escravo chamava-se Eloi Manoel de Sousa, e um dos seus descendentes, Manoel Eloi de Sousa, era meu tataravô.
Esse foi um fato importante que aconteceu na minha terra...
O Autor deste texto é o meu aluno do 7º ano, Cícero Diego Pereira de Sousa.
Este texto foi enviado para a Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa.
Feliz Dia da Consciência Negra, 20 de Novembro!
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