Poema-Prece da Seca

Somenta a nuvem não chora quando é seca no Sertão...


Oh Senhor dos sertanejos, escutai nosso clamor
Piedade, piedade, piedade meu Senhor.
Tudo aqui tá escasso, podendo até se acabar
Se a água não tiver mais, quem poderá nos saciar?

Chuva que é bom, nem pra ver
Tudo aqui já secou
O homem  está a perder
Tudo aquilo que plantou

Os bichinhos, coitados
Estão todos de dar dó
Só vivem todos deitados
Com medo de morrer só

As pobres plantas, também
Todas murchas já estão
A água seria seu bem
Pra evitar sequidão

E nós Senhor, que haveremos de fazer?
Estamos todos morrendo, sem ter nada pra beber
A pobre chuva se foi, com medo da raça humana
Esperemos pois, em Ti, Misericórdia que emana

Só podemos contar, com a ajuda do céu
Pra ter pena de nós e pra rasgar este véu
Véu da seca e da fome, véu da falta de chuva
Que de tanto faltar água, não tem mais nenhuma uva.

Valei-me Padim Ciço, valei-me meu São José
Clamai ao Senhor Deus, a Jesus de Nazaré
Pra que esses pobres coitados, não morram na bagaceira
E no meio dessa seca fiquem sem eira nem beira

Valei-me Virgem Maria, pois Mãe nossa também é!
Pedi ao Divino Filho, que nunca nos falte a fé
Para quebrar a corrente e nos dê força na batalha
E estejamos sorridentes no meio desta fornalha.

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Relógio

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